Dia 05/03/2012.
Segunda aula de Pós-Graduação em Psicopedagocia Arte-Terapia.
Na segunda parte da aula, a proposta foi falar de si, a
partir das seguintes indicações: Seu nome, formação, trabalho-o que?, qual
paixão em arte?, porque esta aqui?
Obs.: Se esta era mesmo a
proposta de aula da professora, minha intuição estava conjecturando comigo!
Pois, no intervalo antes da segunda parte da aula, eu havia comentado com a própria
professora sobre minha dúvida de continuar ou não, o curso. – Talvez eu
estivesse no lugar errado, preferiria cursar a Pós de História da Arte, mas
esta é somente aos sábados, o que não me favorece. Devido a uma série de
fatores, me é mais conveniente estar nesta na qual estou.
Foi realmente um grande prazer ouvir cada um dos colegas
falando dos seus desejos, anteriores, atuais e posteriores. Uma turma ricamente
mista e em sua maioria preocupada com a educação! Lindo! Eu diria que, Divino!
Tudo aquilo estava ali sendo oferecido para mim (e para todos), naquele meu
momento de dúvida. – Será que a professora fez isso de propósito? Não importa.
Se fez, esta aí um bom exemplo de como dar uma boa aula.
Foi estimulador para digerir melhor meus pensamentos. Ouvir as
experiências de cada um nos dá referências. Alguns colegas já exercem funções
sociais na educação, ora voluntários, ora na função de professores, atuando em
instituições exemplares; escolas, empresas, ONGs. Apenas uma colega (se não me
engano), se traduz como artista em função do desenvolvimento de uma arte mais
conceitual, - gostei das palavras dela, me soou internamente, e complementei
com meus próprios pensamentos: um desenvolvimento de pesquisa, aperfeiçoamento de
si para si e para o todo, uma busca de conhecimento para se chegar a uma
essência, um prazer muito interno de criação para falar através da arte, contribuir
com a cultura, geração de idéias de arte em nosso momento de vida, de século: o
que me faz estar em estado de criação, de superação.
Bom, a maioria dos colegas tem trabalhos admiráveis, com
pessoas especiais (deficientes físicos, etc), ou lugares especiais (carentes de
professores interessados, ou com missão bem definida para a educação efetiva,
etc.). Meus pensamentos caminharam de um extremo a outro a cada experiência
somada. Se para alguns colegas suas convicções, pesquisa, discernimento, e
linha de atuação estavam claras, para outros ainda são turvas. Para estes, me foi
possível perceber a necessidade de uma etapa anterior de auto conhecimento, de
reorganização interna, de aprendizado pessoal em lidar com suas próprias
emoções, ansiedades, centralizar seu eixo interior para apreender o eixo
exterior. Que bom, eles estão lá procurando o aperfeiçoamento, a capacitação, a
evolução. E eu? Eu também.
Procuro a capacitação acadêmica (mas não quero que minha
vida se resuma em dar aulas), o aperfeiçoamento na formulação dos pensamentos
para melhor lidar com o outro, no diálogo sensível em equipe e para a equipe. –
De certa forma é uma superação para uma garota do interior, que chegou com sua
ansiedade sem saber falar direito,
e não estudou o suficiente quando devia, mas que ainda insiste em atuar
em um mercado devorador.
Com certeza o curso vai me auxiliar na minha prioridade, que
é passar pelo desenvolvimento da pesquisa, da monografia, me capacitar
didaticamente e perceptivamente, ampliar o conhecimento, para dar aulas de
teatro/interpretação, e me preparar para algo mais que esta lá na frente.
...Elaboração e realização dos meus projetos de teatro, teatro/interpretação em
várias árias (?), mestrado (?) – possivelmente.
Mas ficou uma reflexão: “Tantos colegas aqui se
aperfeiçoando para se doar melhor ao outro, ao ensino. E eu? Estou me doando só
a mim mesma?”
-
em parte até respondo (ou me defendo): todas as ‘personagens’,
peças de teatro, também oferecem suas experiências, referências à uma platéia.
Quero estar inteira dentro de cada uma delas, de muitas.
A dúvida. Tudo que eu escrevi aqui, é novo para mim? Não.
Não é.
Mas um ator estuda o ser humano, amplia seu conhecimento na
psicologia, terapia, artes plásticas, pedagogia, filosofia, ...
Que bonito! Tudo tem haver com tudo, está tudo conectado de certa forma, o importante é estar inteira, dar a cara à tapa mesmo, se intregar para se intregar ao todo, independente das escolhas feitas. Gostei da obs. q vc disse sobre meu estado, acredito q nós poderemos trocar muita coisa, senti isso desde que te conheci e espero poder dar a minha face já vermelha, junto a sua nessa aventura e percursos artísticos...
ResponderExcluirque lindo vc postar aqui suas obsevações artísticas e delicadas! obrigada pelo carinho. estamos juntas!
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