quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CHICAGO o musical

CHICAGO o musical, Vera canta "A Little Bit Of Good" na personagem 
Mary Sunshine (Bela virada da página de 2011!).

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

EUTANASIA


Hoje, numa quarta-feira, eu tive que ir embora. A morte tem um gosto amargo. Não adianta pôr mel, açúcar, nada... Eu digo “tive que ir” porque; que direito tem você de me tirar a vida?  Já me tirou os ovários quando eu nem adolescente era, me tirou a liberdade de me perder nas matas junto aos meus. Que merda de linguagem tem você para acreditar que entende a minha? Para pensar por mim! Para pensar que eu não queria viver! Eu só queria dormir, ficar quieta para não sentir dor. Só isso. Ta bom, ...se você acha que a sua dor é maior que a minha, “eu” vou lhe dar o bálsamo que você precisa: eu concordo que eu sempre fui arredia, amedrontada com essa vida, e sempre me defendi com unhas e dentes. Mas você me ensinou um pouco do que é sorrir. Eu te agradeço por ter me tirado da rua, depois de uma noite escura e chuvosa, escondida em cima de um pneu embaixo da carcaça de uma Combi. Eu sei que meu choro noite a dentro tocou seu coração. E como nunca neguei minha raça animal, você teve que proteger suas mãos dentro das mangas do moletom para conseguir me pegar – eu já berrava nervosamente nesta vida que me escapava ao entendimento. Sei que você se esforçou muito para me educar, mas só na minha maturidade eu pude te recompensar com um pouco de compreensão. Quando entendi que te amava, eu cobrei cada minuto da tua atenção de forma originalmente selvagem, “te mordia e depois assoprava” ou quase beijava. Foram dez anos, e nesse último ano tudo mudou, nunca antes estivemos tão apegadas, agarradas, acarinhadas. Precisei de você. Me entreguei totalmente aos seus cuidados. Fui forte, resisti por vários meses desejando ficar ao seu lado. Eu que era tão grande, linda e forte, definhei. Já quase não conseguia me manter em pé, pude ver em mim: só pele e osso. E pude ver em seus olhos a esperança de me ver voltar a ter saúde. Eu me agarrava ao seu pescoço depois daqueles intensos vômitos, porque eu já não aguentava mais a ância que me arrancava o féu e me deixava inerte. Empurrar o leite da vida pela minha garganta já se tornava uma tortura, porque em seguida viria o vômito. Por mais que você me amparasse me segurando enquanto meu estomago se contorcia, não seria nunca o suficiente para nós duas. Minha vergonha estava na incontinência do xixi, com dificuldade eu me empurrava para pelo menos mudar de lugar. Eu só queria dormir para tentar não sentir mais nada. Se o seu amor foi me desejar o bem, lhe digo que: colada ao seu corpo pude ouvir sua respiração, seu coração batendo, senti suas lágrimas caindo sobre mim, e mesmo em minha inércia pude ver pelo vidro da janela do carro a vida ficando para trás. E nos últimos momentos, já na clínica, você me aproximou de uma criança, que me acariciou a carinha com sua mãozinha tão pequenininha! O resto é o resto. 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

Criação de uma CENA de teatro

Estou satisfeitissima! Dia 11/11/11 nasceu minha primeira experiência como DIRETORA, na criação de uma cena de teatro, disciplina 'direção' na Faculdade FPA. Talvez tenha tido início as 11h ou terminado as 11h, e por coincidência: uma cena de 11 minutos. O COSMOS conspira a meu favor!!!! 
Muitos acertos, poucos erros, ou melhor, aprendendo conceber!! "Eu e a equipe fizemos um milagre em tão pouco tempo".
link no YouTube: http://youtu.be/VSnuOr8gh1o
DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA, cena inspirada no livro de George Orwell "1984".
 
 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

MINHA VOZ, MINHA VIDA


O curta metragem “MINHA VOZ, MINHA VIDA”  fala da dificuldade de projeção de voz dos professores. "VERA atuou na personagem da professora que já perdeu a voz" - Já estou impressionada só com a boa apresentação do trailer, passa uma emoção e curiosidade em ver o filme todo. O diretor Deivison Fiuza foi super cuidadoso, preocupado com os detalhes e com a verdade, e toda a equipe são ótimos profissionais, só pode mesmo ter um bom resultado.  Foi uma coincidência, pois nestes meses cumpri estagio obrigatório numa escola do Ensino Fundamental e Ensino Médio, confesso que fiquei assustada nas primeiras aulas, a bagunça sonora é muito forte, o professor tem que ter habilidade com os alunos e precisa mesmo chegar com uma voz aquecida, preparada para tanto.

Por enquanto é só o trailer! Será lançado em breve.

domingo, 17 de julho de 2011

Amigo Roberto Koln

Roberto foi uma amizade surpreendentemente espontânea! Nos conhecemos dentro do teatro – não podia ser diferente: um homem do teatro, responsável por direções e traduções de textos franceses e artistas que fazem parte da historia do teatro de Londrina; o CPT / Grupo Permanente de Teatro de 1957 a 1964 - assistimos o espetáculo Edmond de David Mamet com o ator Marco Antonio Pâmio. Sentamos um ao lado do outro e como apreciamos muito o espetáculo começamos uma conversa que virou uma amizade grandiosa, de idas a outros espetáculos, bate papo cultural e muita afinidade.  Meu marido tornou-se seu grande admirador nos conhecimentos das arte,  visitas a galerias eram constantes.  Aprendi muito com ele, homem admirado pelo seu conhecimento, e sempre, sempre muito gentil, cavalheiro, amigo.
Ele partiu esse fim de semana. A cerimônia judaica foi muito bonita, palavras, cantos e gestos de profunda humanidade: como ele! Roberto esta em paz!
- Roberto, te agradeço por eu ter feito parte da sua vida, ter sido sua amiga. Fique em paz! Continuamos com você no coração!


Roberto adorava os encontros com os amigos, esteve sempre presente nas minhas festas de aniversário. Seus amigos se tornaram nossos amigos. Comemoramos a vida!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Contato com os espíritos


Há pouco tempo visitei o Blog do Mário Viana, e quando li o post dele “Mortos sem Sepultura” sobre a recorrente utilização do tema espíritos ou contato com os falecidos nos filmes, como por exemplo “Além da Vida” de Chico Xavier, não resisti e postei um comentário. Na verdade fiquei tentada em contar minha experiência com espíritos. Como gostei bastante do que consegui escrever, posto também aqui no meu Blog, mas eu não inventei, é de verdade:
“Tenho experiência muito íntima ao assunto. Minha avó é médium – ela é do sítio, nunca estudou, trabalhou na roça, era a benzedeira da região e sempre foi católica. Ela é médium porque é, porque aceitou essa dádiva, sei lá... Lembro-me das poucas sessões para  a família (pois meu avô não aceitava) sempre muito divertidas com alguns espíritos que vinham para fazer graça, ou dizer o sexo do bebê de alguma mãe grávida, ou disvendar sofrimentos amorosos. Aos espíritos bons, suas vindas eram permitidas pelo espírito protetor dela, outros de má índole, bravos, ditos: do mal, eram recusados – não eram da mesa branca. Bom, ela (ou o espírito protetor dela) foi meu porto sentimental e existencial por um bom período. Mesmo eu em São Paulo (minha família é do Paraná) eu enviava perguntas através da minha mãe, em conversa por telefone. Uma certa vez, morando com mais cinco amigos em uma casa no bairro Saúde (todos nós juntos alugamos a casa) eu ouvia vozes, barulhos na escada, alguma coisa batendo... durante a noite de sono. Perguntei ao espírito da minha avó: o que era isso? (Pergunta enviada por telefone, através da minha mãe) Resposta: Morava antes na casa uma senhora cega que usava bengala, ela não sabia que havia morrido. O espírito pediu que eu acendesse uma vela e orasse para que os anjos falasse à ela que estava morta e a conduzisse ao lugar de descanso... algo assim. E o medo de acender uma vela para esse fim? Ok, fiz. Fiz porque investiguei a “resposta”. Perguntei aos vizinhos se conheciam quem morava na casa. Eles responderam que era uma senhora (não lembro o nome dela) e que era cega, que vivia pedindo para o jardineiro cortar a cerca viva do quintal frente a rua, porque ela batia a bengala na cerca viva e dizia que o mato estava grande. Afirmaram que a cerca nunca chegava a ficar bonita, ou verdinha, e que era uma pena. Ui!”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

NOÉ, retrospectiva no Rio.



Neste último fim de semana no Rio de Janeiro, Marc e eu, pudemos conferir a retrospectiva com as obras do pintor Luis Felipe Noé. Foi um prazer conhecer Noé e sua esposa Nora Murphy.

A mostra esteve no Museu de Arte Moderna desde dezembro de 2010, e finalizou no último domingo.



Marc é muito amigo de Noé e sempre o visita quando vai a Buenos Aires. 





É interessante ver como sua arte extravasa os limites da moldura e se expande ao redor.


É incrível como a obra de Noé nos cativa pelos detalhes milimétricos quando a enxergamos bem de perto, e ao mesmo tempo nos deslumbra por sua enormidade no espaço, contendo tantos detalhes em perfeita comunicação.


O curador da mostra foi Franklin Espath Pedroso, um rapaz bastante jovem que já demonstra um olhar pontual em arte.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Conhecendo um pouquinho mais do Rio!

Chegando do Rio de Janeiro! Nossa, que maravilhoso fim de semana de sol! ...e fazer COOPER na orla de Copacabana, é outra coisa!!! ...desculpe São Paulo.
Tomar café da manhã no CAFEINA de Ipanema, é tudo de bom, e jantar no OPIUM "sushi" em Ipanema, é um requinte!
Infelizmente a LAPA não gostei. Os barzinhos são até apetitosos para um bom shop, as marchinhas de carnaval em frente ao Fundição do Progresso com um montão de gente sambando, é legalzinho! ...mas não é a minha WIBE! Tudo por la ta muito sujo, descuidado, "preservação cultural por parte do governo: zero". É uma pena ver construções antigas lindas tão mal preservadas, mas isso tb acontece aqui em SP. Existe alguma preservação interna, num Museu, Biblioteca, mas no entorno não existe. 
Depois que se conhece Paris, Veneza... o Brasil não passa de um triste país muito inculto! Enquanto o povão fica felizinho com o samba e o futebol, o governo, os políticos, os grandões, vão somando riquezas. É claro que o brasil é um nênezinho, perto dos outros paises, por isso precisa urgente de investimento em educação. 



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O RISO


Estou lendo "O Riso" de Henri Bergson, ou melhor, relendo após o final dos anos 80! – não sei de que forma eu absorvia as informações do livro, percebo que não era muita: anotações ingênuas, vazias, pontos de interrogações também ingênuos, muitas palavras grifadas sem o entendimento e aparentemente sem a busca pelo dicionário.   É, acho que melhorei bastante!
Mas, agora no século XXI, ...parei um pouco a leitura para transcrever um parágrafo esclarecedor ao ator que busca sua atuação cômica, e o que é mais gostoso: o entendimento pela via da ‘inteligência’. Segue: "Portanto, qualquer poeta poderá revelar-se homem de espírito quando quiser. Nada precisará adquirir para isso; pelo contrário, terá de perder alguma coisa. Basta-lhe deixar suas idéias conversar entre si "por nada, só por prazer". Basta desatar o duplo vínculo que mantém suas idéias em contato com os seus sentimentos e sua alma em contato com a vida. Por fim, converter-se-á em homem de espírito se não quiser ser poeta também pelo coração, mas apenas pala inteligência." – Não sei para alguns, mas para mim, é um parágrafo de identificação imediata ao processo investigativo do meu oficio de atriz. (pg 58, 2a edição, Zahar Editores, Rio de Janeiro).