terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O RISO


Estou lendo "O Riso" de Henri Bergson, ou melhor, relendo após o final dos anos 80! – não sei de que forma eu absorvia as informações do livro, percebo que não era muita: anotações ingênuas, vazias, pontos de interrogações também ingênuos, muitas palavras grifadas sem o entendimento e aparentemente sem a busca pelo dicionário.   É, acho que melhorei bastante!
Mas, agora no século XXI, ...parei um pouco a leitura para transcrever um parágrafo esclarecedor ao ator que busca sua atuação cômica, e o que é mais gostoso: o entendimento pela via da ‘inteligência’. Segue: "Portanto, qualquer poeta poderá revelar-se homem de espírito quando quiser. Nada precisará adquirir para isso; pelo contrário, terá de perder alguma coisa. Basta-lhe deixar suas idéias conversar entre si "por nada, só por prazer". Basta desatar o duplo vínculo que mantém suas idéias em contato com os seus sentimentos e sua alma em contato com a vida. Por fim, converter-se-á em homem de espírito se não quiser ser poeta também pelo coração, mas apenas pala inteligência." – Não sei para alguns, mas para mim, é um parágrafo de identificação imediata ao processo investigativo do meu oficio de atriz. (pg 58, 2a edição, Zahar Editores, Rio de Janeiro).