[O conceito de movimento dialético não tem sido usado por
ninguém, desde Marx, e ele o usou de uma forma muito não-hegeliana. Usou-o para
a evolução material, para a sociedade, para classes – para mostrar como a
sociedade progride através de classes, através da luta de classes. Marx disse:
“Hegel estava posto de cabeça para baixo e eu o coloquei novamente sobre os pés,”.
Mas, realmente, o contrário foi o que se deu. Hegel estava sobre seus pés e
Marx o colocou de cabeça para baixo. E, por causa de Marx, o conceito muito
fecundo da dialética tornou-se contaminado pelo comunismo. Mas o conceito é
muito belo, muito significativo. Tem muita profundidade. Hegel diz: “O
progresso de uma ideia, o progresso da consciência, é dialético. A consciência
progride através da dialética.” Eu digo que qualquer força vital progride
através da dialética, e a meditação é o maior fenômeno acontecido, a explosão
da força da vida. Ela é mais profunda do que uma explosão atômica, porque numa
explosão atômica apenas uma partícula de matéria explode, mas na meditação uma
célula viva, uma existência viva, um ser vivo explodem. Essa explosão ocorre
através da dialética. Assim, usa a ação, e lembra-te da não-ação. Terás que
fazer muito, mas recorda que todo esse fazer se da apenas para alcançar o
estado no qual nada se faz.]. (RAJNEESH, Bragwan Shree – nome antigo do OSHO,
1976, p.34. Organizado por BHARTI, Ma Satya, Ed. Cultrix/Pensamento). (imagem) universo%255B2%255D.jpg
– Osho explica que a atividade física para se chegar a
meditação, criada por ele, exige um esforço máximo até não poder mais continuar,
até não ter mais para onde ir – o fazer. É um estratagema, um meio, para a
meditação acontecer – o não fazer; o estado de relaxamento, o abandono total, o
estado passivo, a consciência do todo.